Daniel Siebert - Nosso Legado

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Ele tem uma discografia vasta. Afinal, ao se basear nos streamings, se nota que ele tem material lançado desde os idos de 2016 com o álbum Liberdade E Escolhas. De lá para cá, Daniel Siebert anunciou um três discos, sendo um com versão deluxe e outro remasterizado, uma série de singles e dois EPs. Hoje, o músico anuncia Nosso Legado, seu mais novo full-length. 


Seu nascimento já é marcado por um viés instrumental potente, mas, principalmente, dramático. De natureza imponente graças aos pulsos firmes da bateria de Diego Constant, a introdução é regida por sobrevoos ásperos fornecidos pelas guitarras uníssonas e sincrônicas de Marcus Piccoli e Daniel Siebert. Porém, o que dá a esse amanhecer uma cenografia grandiosa, tal como se fosse uma espécie de sonorização da tragédia grega, é o sonar agudo e adocicado do teclado de Oliver Dezidério. Ele, além de prover os primeiros sinais harmônicos, dá um viés ácido que muito flerta com uma roupagem de caráter progressivo. De postura épica e até mesmo com nuances sombrias, a faixa fica ainda mais empoderada no instante em que o ouvinte consegue perceber, mesmo que com um pouco de dificuldade, o groove de essência azeda do baixo de Márcio Rocha. Apesar de a sonoridade, até o momento, trazer a ideia de uma obra perigosa e agressiva a partir da fusão do já citado progressivo com ímpetos de hard rock, o que acontece é algo quase completamente oposto. Afinal, assim que o enredo lírico se inicia através da entrada da voz intermediária de Siebert, a composição toma contornos que envolvem ideais e necessidades de mudança no que tange os campos sócio-comportamentais. Portanto, enquanto enaltece a urgência de encerrar certos hábitos, como a intolerância, o cantor faz de Pela Paz uma espécie de cosmos formado em prol da união dos indivíduos. Da construção firme do senso de comunidade à aquisição de qualidades altruístas, a faixa vem para difundir a esperança e a resiliência como grandes e importantes motes que levam a sociedade à mudança.


É como o Sol chegando no seu ápice de presença. Como o calor banhando o corpo do indivíduo e efervescendo seu sangue como uma forma intensa de incentivá-lo à vida ou, simplesmente, à ação. Intercalada entre duas guitarras sincrônicas, a canção já é capaz de oferecer boas doses de sensualidade enquanto fomenta uma energia lexicalmente estimulante. Com uma levada suja desenhada pela bateria, a composição insere em sua receita pitadas de crueza que engrandecem a percepção de espontaneidade e, inclusive, vivacidade. Nesse ínterim, é importante pontuar a postura do baixo de Allan Kleln de Carvalho. Altivo em meio ao seu groove áspero de base estridente, ele é um importante elemento que enaltece o viés orgânico da canção até mesmo durante o primeiro verso. Nesse instante, uma voz masculina de timbre grave-intermediário e de suaves nuances metálicas passa a proferir o enredo lírico. Ela confere à faixa uma cadência verbal atraente, excitante e, principalmente, contagiante. Conforme se desenvolve, a canção vai exortando cada vez mais a sua mescla equilibrada entre hard rock e um hardcore melódico, o qual conquista seu apogeu de protagonismo estrutural durante o pré-refrão e o refrão. Adequadamente sonoro e sabiamente atraente, esse gênero musical acaba contribuindo para a aquisição de um frescor estimulante e até mesmo rejuvenescedor, o qual é destacado em meio a versos lírico-instrumentais de impacto ainda durante o interlúdio do ponto alto da faixa. Evidenciando, em meio à sua identidade sonora, influências claras de nomes como CPM 22 e Ultraje A Rigor, Siebert faz de Mesmo Sozinho um single que ilustra muito bem a sua roupagem musical com boas pitadas de originalidade. Ainda, uma coisa que pesa na obra é seu enredo lírico. Por mais que seja envolto em uma estrutura radiofonicamente convidativa, a faixa transpira, através de seu personagem, resiliência, consciência de mundo, altruísmo e senso de comunidade enquanto expõe a solidão como uma importante experiência que leva ao autoconhecimento. É aí que a composição se torna intrigante. Ela equilibra o senso crítico-reflexivo com uma tomada sonora chiclete, mas sem perder seu senso de urgência prelúdica.


Como um rugido regido de certo grau de cinismo, o baixo se mostra à espreita. No momento em que está pronto para dar seu bote fatal, o instrumental entra em sua forma completa. Sujo, intenso e melodioso, ele é capaz de misturar o dulçor com o azedo em uma receita sensorial bastante equilibrada. Nesse sentido, inclusive, é como se, a cada esquina sonora proferida, o ouvinte fosse abraçado por uma energia que vai muito além de uma simples esperança. Através dela, o espectador recebe injeções de ânimo que, notadamente, transcendem os limites do som. O interessante aqui é perceber que, por meio de uma postura enfática suave, a introdução permite a difusão de boas e agradáveis doses de frescor. Ainda que explorando nuances sisudas no que tange a sua sonoridade, a faixa mantém a coesão lírica de trazer mensagens cheias de positividade e desejos altruístas. Sob um vocal de silhuetas interessantemente mais agressivas, Siebert faz da faixa-título uma obra que envole compreensões de causa e efeito, além de abordar questões inerentes à confiabilidade no destino enquanto destaca o peso dos pensamentos na aquisição daquilo que se deseja. Com direito a paráfrases de Renato Russo, a faixa-título, assim como a canção anterior, também é embebida em insinuações referentes à resiliência, mas aqui, dando mais ênfase à esperança, à maturidade e à consciência.


A imponência pode ter alcançado seu ápice de presença. Afinal, o que acontece durante a presente introdução é um vislumbre de força, mas também de um provocativo deboche em forma de uma estrutura rítmico-melódica rebolante, sensual e ligeiramente libidinosa. Com bons e marcantes riffs de guitarra no preenchimento da melodia inicial, a canção já é capaz de emanar certo grau de calor que possibilita a efervescência do próprio ouvinte. Explorando uma atmosfera mais voltada para a cenografia do post-grunge, com tomadas soturnas e punchs sorrateiros protagonizados pelos pulsos encorpados do baixo, a canção tem um primeiro verso intimista e de fisionomia sisuda, algo que é salientado inclusive pela interpretação lírica aqui assumida por Siebert. Com boas referências a nomes como Stone Temple Pilots, Ride é a primeira música do álbum cantada inteiramente em inglês. Através desse idioma, a canção caminha do caos a uma espécie de oásis enquanto dialoga sob uma tomada instigante e, portanto, incentivadora em relação a viver a vida com intensidade e liberdade, mas sempre adornado por um sincero senso de gratidão.


Ela começa de maneira rápida, mas, ao mesmo tempo, gradativa. Puxada por golpes sequenciais da caixa enquanto aumenta a energia e a intensidade da obra, a bateria funciona não apenas como um elemento detentor do abre-alas, mas como um guia rítmico que denota a cadência que cada instrumento deve seguir. Equilibrada no que tange o escopo técnico, tornando possível a degustação mais cristalina de cada elemento, a canção, assim como aconteceu na anterior, evidencia influências de nomes notórios na construção de sua paisagem sonora. Aqui, de Blink-182 a Bad Company, a canção comunica uma perfeita intersecção entre a melodia do pop com a atitude punk. O resultado é uma canção harmoniosa e melodiosa, com vieses solares e boas doses de frescor, as quais auxiliam na criação de uma paisagem cenográfico-sonora leve e branda. A partir dela, Peace Of Mind tem engrandecida a sua mensagem de leveza de espírito e ausência de culpa no momento da transição entre os mundos. Não é apenas sobre legado, mas sobre serenidade.


Selvagem, sexy, ardente, libidinosa, pegajosa, sínica. Provocante. Essas definições, mesmo que de forma seca e sem qualquer elo, são as principais essências da presente composição. Desenhada nos moldes de um hard rock tradicional de paisagem oitentista, a obra vem com uma atmosfera solar, altiva e, principalmente, enérgica. Tendo a guitarra e o baixo em uma perfeita sintonia sensualizante, a composição é abraçada por um refrão chiclete, harmonioso e lexicalmente estimulante. Como a terceira faixa sequencial a adotar o inglês como idioma central do enredo lírico, Like A Rolling Stone é uma obra que dialoga sobre determinação, foco e resiliência. No entanto, o foco motriz do presente enredo é a percepção de que ele se trata de uma ode ao rock n’ roll e sua força de influência. Como símbolo de liberdade e independência, esse gênero é colocado, aqui, como o caminho para alcançar a perfeita harmonia entre os cidadãos em um mundo tão equilibrado que beira a utopia. 


Punchs uníssonos fazem surgir um senso de calor incandescente. De certo ponto, é até possível de se identificar uma semelhança estética em relação ao rearranjo feito por Dee Snider em um cover de Crazy Train. Fluindo para uma atmosfera em que se sobressai a aspereza e o azedume graças ao riff da guitarra e ao groove do baixo, a canção adquire para si um caráter contagiante mesmo quando Siebert entra em cena introduzindo o enredo lírico. Necessário pontuar que, em Mais Do Que Ter, os músicos provam sua versatilidade por saírem de um embrionário hard rock para um maduro ecossistema hardcore que faz efervescer o sangue do ouvinte e tornar eletrizante tosa a atmosfera. Agraciada por trechos melodiosamente dramáticos de essência tocante e motivacional, a faixa apresenta ao público um enredo, especialmente durante seu estágio hardcore, igualdades estéticas para com o refrão de O Mundo Dá Voltas, single do CPM 22. Com esse desenho arquitetônico, a obra fornece um enredo lírico que enaltece o senso de humildade ante a ganância como meio de identificar o caminho a ser seguido. A confiabilidade no destino, estar leve e em paz consigo também são fatores trazidos que auxiliam na percepção do lado bom da vida, mesmo quando essa aparenta assumir uma postura agressiva.


Azeda e já preludiando um caos repleto de brutalidade, a canção vai introduzindo, no seu ecossistema, requintes de uma dramaticidade embrionária que vai contaminando toda a experiência sensorial do ouvinte. Explosiva e com nuances de um lascivo regozijante graças aos gritos da guitarra solo, a canção explora uma espécie de teatro épico-dramático que mistura detalhes nebulosos como forma de tirar o ouvinte de sua zona de conforto. Explorando flertes soturnos através de um enredo lírico pronunciado de maneira rasgada a tal ponto que permite a percepção de uma postura sorrateira e onipresente, Vivo No Presente identifica um personagem livre das amarras do passado ao mesmo tempo que difunde mensagens inerentes à autoconfiança e ao senso de coragem como caminho para a evolução individual. Eis aqui, portanto, a dialética da fé e da consciência tangenciando o mundo real na proposta de melhorias para o bem comum.


É como a chuva fina banhando o gramado. Não existe céu cinza, mas, ainda assim, seu tom de azul não ajuda a afugentar um senso pegajoso de melancolia trazida por suas águas. Nem mesmo a brisa fresca que vem do horizonte é capaz de suavizar ímpetos de uma dor interna ainda enigmática, mas de natureza já pulsante, pungente. Trazendo a delicadeza em seu sentido mais léxico e um sabor adocicado bastante frágil, a canção explora, através de seu instrumental, uma visceralidade intensa que é engrandecida, principalmente, pela levada da bateria em sua forma de marcha fúnebre. Enquanto aquela chuva introdutória acaba se transformando em tempestade, a canção amadurece sua estrutura a tal ponto que elucida um sofrimento rascante envolto em uma nostalgia sem futuro. Uma saudade guardada apenas na memória. De natureza lancinante, Retrato Na Parede pode ter mais de uma interpretação lírica. De todo o modo, a essência de sua história dilacerante é a vivência do luto e da assimilação da imprevisibilidade da vida. Do destino.


Grave, sorrateira e um tanto cínica. Enquanto as guitarras vão formando uma espécie de valsa sensual levemente esvoaçante, a bateria vai fornecendo o compasso rítmico através do tilintar ecoante da cúpula do prato de condução. A partir daí, se cria não apenas o suspense, mas uma curiosidade intensa para saber os próximos passos da desenvoltura da obra. De tomada acústica e uma atmosfera sombria envolta em uma ludibriante delicadeza, a introdução leva o ouvinte para um recorte narrativo intenso, rascante e soturno que, uma vez mais, escancara a influência do Stone Temple Pilots na sonoridade da banda. Pungente e suja, a canção mergulha em um primeiro verso em que, graças à interpretação lírica aqui assumida por Siebert, adquire uma silhueta intrigantemente filosófica e reflexiva. Deixando escapar flertes estéticos para com a paisagem e o andamento do doom metal, a canção surpreende por, em dado momento, apresentar uma sonoridade uníssona entre Siebert e seu time de backing vocals de tal forma que, além de criar, amplifica e arregimenta a harmonia lírica. A partir daí, um senso de redenção paira pela atmosfera, ao passo que a esperança se torna um sentimento inseparável. Renascer é uma canção que, uma vez mais, avança pelo tópico do ideal de utopia. Porém, indo mais a fundo, na presente composição se prega a ideia da separação e liberdade de velhos hábitos que contribuem para a aquisição de novos comportamentos, favorecendo, assim, uma união linear para com o enredo verbal oferecido em Vivo No Presente.


Uma vez mais, o teclado de Dezidério brilha. Com sua agudez açucarada, o instrumento faz nascer percepções nítidas do surgimento da new wave em meio à sonoridade em desenvolvimento. Explorando uma delicadeza swingada em virtude da sonoridade criada pelas guitarras, o que, curiosamente, é ouvido um tanto distante como um ato proposital de incitação de curiosidade, a canção se apropria de certo grau de linearidade estética para favorecer a elaboração mais sensata do lirismo. Assim sendo, Siebert acaba assumindo a posição de um importante elemento na disseminação do senso de fluidez por meio de sua cadência verbal. Perante um timbre mais anasalado, o cantor caminha livremente por ambientes de tomadas mais sensuais e outras mais sisudas para, enfim, vislumbrar, no horizonte, as silhuetas de um Sol nascente trazendo consigo não apenas sensos de esperança, mas de transformação, de senso de união e, até mesmo, de empoderamento. Aperfeiçoando aspectos de visceralidade e pungência, Juntos Somos Mais Fortes não usa seu enredo lírico apenas para difundir a ideia de união, mas, principalmente, a de igualdade ao mostrar que todos sofrem, todos têm anseios e que todos são vulneráveis em algum aspecto. Por um viés conjuntural, a faixa funciona como um perfeito encerramento de Nosso Legado, uma vez que ela encapsula, em uma única faixa, a mensagem difundida durante cada uma das obras que moldam a track list. 


Para começo de conversa, é preciso dizer que ele é um material, no mínimo, interessante. Isso porque ele se utiliza de vários recursos do universo do rock, como senso de empoderamento, atitude, pungência, agressividade e imponência, para disseminar mensagens não apenas espirituosas e de boas energias. Nosso Legado é um álbum que, apesar de encapsular ideais utópicos, destaca a necessidade pungente por mudanças sociais e comportamentais através de uma abordagem motivacional.


Por meio do álbum, Siebert e companhia trazem uma gama de mensagens líricas que tocam profundamente o indivíduo como uma espécie de chamado de ação. De certa forma, o material torna o próprio ouvinte responsável pelo cenário atual descrito e coloca, em tais mãos, o poder para a transformação. É assim que se tem o caráter motivacional: entregando a responsabilidade do presente e a percepção da capacidade que se tem de mudar o futuro.


De essência inquestionavelmente espirituosa, é inevitável e inquestionável a percepção de que Nosso Legado serve como uma aula lúdica não apenas de boas práticas externas, mas de como adquirir amor-próprio. Afinal, sem a autovalorização, não é possível adquirir sinceridade e honestidade em ações que prezam a benfeitoria ao próximo. Por isso, estando bem consigo é o primeiro passo para se adquirir, espontaneamente, o senso de altruísmo.


É nesse ponto que mora o destrinchar de temáticas líricas abordadas no material. Entre suas 11 faixas, o disco trouxe mensagens que abordam o amor como metáfora ao respeito. Da resiliência como alicerce na aquisição dos objetivos e como escudo perante interferências alheias. Da fé e da esperança na humanidade e na vivência por dias melhores. Tudo isso ligado por elementos primordiais, detalhes que, na maioria das vezes, esteve ali, onipresente e implícito. É o senso de coletividade. É a igualdade. É o respeito.


Para dar, sonoramente, um senso de urgência a essas abordagens verbais, Siebert se aliou a Dezidério também para os trabalhos técnicos de produção e mixagem. No que se refere ao primeiro tópico, o profissional desenvolveu um guia de diálogo linear, o qual engloba até mesmo o idioma inglês em algumas das canções, uma vez que todas as faixas se ligam através do ideal de utopia. Já no que se refere ao segundo, muito foi feito.


Além de promover uma sonoridade crua e majoritariamente suja, ele se apropriou dessa paisagem para dar, enfim, a ideia de imediatismo, pressa e, inclusive, causar certos incômodos como forma de incentivar o ouvinte à ação. Ainda que diante dessa rudez, o também tecladista proporcionou uma sonoridade transparente, possibilitando ao ouvinte a degustação de cada elemento tanto em sua individualidade quanto em seu estado de coletividade. Assim, se torna fácil a identificação da presença de uma série de paisagens musicais no decorrer do álbum, as quais englobam hard rock, post-grunge, doom metal, hardcore e até mesmo flertes com o punk e o pop punk.


Fechando o escopo técnico, vem a arte de capa. Assinada pelo próprio Daniel Siebert, ela consiste na impressão digital de um polegar sobreposta sob um fundo branco. Tal imagem traz consigo a ideia de identidade, mas, ao se pensar no título do álbum, ela funciona como um atestado que engloba a história completa de um cidadão para com a sua respectiva comunidade. Ou seja, sua influência e seu legado perante a trajetória de um povo.


Lançado em 22 de março de 2025 de maneira independente, Nosso Legado é um material que dissemina o ideal de utopia. É um disco com postura espirituosa que difunde o altruísmo de forma a enaltecer não apenas o peso individual, mas também o coletivo, perante a transformação. A partir daí, o material consiste no encapsular da necessidade urgente de mudança para um mundo de harmonia, igualdade e respeito. Um mundo em que o viver em harmonia deixa de ser fantasia e se torna realidade.

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Sobre o crítico musical

Diego Pinheiro

Quase que despretensiosamente, começou a escrever críticas sobre músicas. 


Apaixonado e estudioso do Rock, transita pelos diversos gêneros musicais com muita versatilidade.


Requisitado por grandes gravadoras como Warner Music, Som Livre e Sony Music, Diego Pinheiro também iniciou carreira internacional escrevendo sobre bandas estrangeiras.