The New Old - Vampyre X

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Uma atmosfera sombria se cria por meio de um sintetizador que se apresenta através de uma sonoridade sintética tensa, quase mórbida. No entanto, como um cão de caça pronto para proteger seu dono, a guitarra surge através de um riff distorcido em sua forma solar, já desdenhando uma notável melodia sensual e provocante.


Antes mesmo que a primeira evidente quebra rítmica seja efetuada, o espectador é recebido pelo tilintar característico do pandeiro delimitando a contagem do tempo rítmico, mas, também, aderindo novas doses de sensualidade à atmosfera. Configurando, a partir daí, a canção sob o rótulo do hard rock, esse elemento dá à faixa, inclusive, um toque levemente glam.


Assim que a introdução oferece sua segunda metade, o ouvinte é deixado na companhia de uma sonoridade que, além de ser baseada na paisagem do blues, traz uma levada rítmica precisa em sua simplicidade hipnótica. Enquanto as guitarras claramente entram em um acordo harmônico entre base sisuda e gritos contidamente rebolantes, a linha lírica começa a ser desenhada por meio de um vocal feminino que soa cru em sua essência.


É inclusive nesse momento que, através da maneira que a voz da cantora ressoa pela atmosfera, com seu toque metálico e levemente estridente, que a canção é agraciada por flertes com o stoner rock. Porém, o que se torna de fato marcante a partir daí, é a nítida influência que o The New Old sofre de nomes como Joan Jett e Alice Cooper. Afinal, Vampyre X tem uma essência sombria levemente noir que se perde em meio a uma saliência lasciva típica dos anos 80. Uma música com atitude e de pose empoderada que, inclusive, transpira brisas de uma admiração estética em relação àquela em alta nos anos 70 através de seu ecossistema sonoramente equilibrado.

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Sobre o crítico musical

Diego Pinheiro

Quase que despretensiosamente, começou a escrever críticas sobre músicas. 


Apaixonado e estudioso do Rock, transita pelos diversos gêneros musicais com muita versatilidade.


Requisitado por grandes gravadoras como Warner Music, Som Livre e Sony Music, Diego Pinheiro também iniciou carreira internacional escrevendo sobre bandas estrangeiras.