A canção já tem seu início marcado por uma maciez estética estonteante. Fornecida pela guitarra solo e sua distorção delicadamente aguda, essa textura acaba ganhando ainda mais força com a companhia da guitarra base, do violão e da bateria, os quais, sintonicamente, produzem uma base melódica agradavelmente confortável.
No momento em que a faixa alcança seu primeiro refrão e as linhas líricas passam a ganhar vida através de uma voz masculina de timbre afinada e levemente rascante vinda de Drew Taylor, se percebe a sua imersão rítmica no campo da música pop. Contagiante em sua significância mais léxica, a obra, perto da transição para o refrão, deixa escapar uma brisa que permite a identificação da presença do banjo desfilando seu sonar adoravelmente rural em meio ao escopo melódico, o tornando demasiadamente charmoso.
Ao atingir seu ápice narrativo, a composição é agraciada pela presença do sonar adocicadamente ácido do hammond desenhando o bem-vindo espectro harmônico no espaço entre ritmo e melodia. É nesse instante que, inclusive, se mistura o palato adocicado com o aroma perfumado graças a essa fusão de elementos. Agora em sua forma mais madura, portanto, Nobody I Know permite que o ouvinte, mesmo com dificuldade, perceba a presença do baixo entregando uma branda consistência à sonoridade. Do lado lírico, a faixa escancara a essência romântica de seu enredo lírico. É assim que a composição se torna um produto equilibrado estruturalmente e bem trabalhado verbalmente.