A batida da bateria combinada com a distorção da guitarra surgindo logo em seguida formando um ecossistema quase uníssono oferece, ao ouvinte, uma similaridade estética notável para com a introdução desenhada entre Butch Walker e Steve Jocz em Girlfriend, single de Avril Lavigne. Nesse ínterim, uma voz nasal e aguda invade a cena usando o microfone para entoar versos de ordem.
Rapidamente, no entanto, tal ambiência flui para um ambiente sonoro mais fluido e contagiante em sua estrutura pop punk tradicional. Nela, o ouvinte consegue degustar, de forma mais profunda, o timbre de Jody Lynn, que, além de nasal e agudo, agora transpira, também, certo requinte de dulçor. E é exatamente a partir desse detalhe que a canção evidencia suas silhuetas joviais.
Cooperando com esse dulçor e fazendo dele um elemento efetivamente sensorial, vem o sintetizador queque insere, com a máxima delicadeza, pequenas e curtas notas bem espalhadas pela melodia. Proporcionando também toques de frescor, ele é o elemento capaz de fazer com que a canção acabe soando leve ao mesmo tempo em que transpira uma atitude rebelde adolescente.
Explodindo em um refrão de estrutura completamente chiclete, momento em que, de fato, escancara a similaridade estética para com o single já citado de Avril, All In consegue marcar a experiência auditiva do ouvinte por meio de uma sonoridade equilibrada e com interessantes ímpetos de imponência. Um interessante feito de Jody.