Catha - Bad Bitch

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A cítara invade o início imediato da canção com seu sonar típico inserindo aromas árabes inebriantes no ambiente de paisagem, ainda, enigmática. O curioso é que, mesmo sendo densamente regional, esse mesmo sonar evolui para uma melodia sensual, conforme Catha entra em cena com seu timbre adocicadamente agudo e aveludado.


Se destacando, inclusive, pelo ritmo estruturado pela presença de elementos percussivos que deixam o cenário com um clima ligeiramente latino, Bad Bitch pode, para muitos, soar como uma canção apelativa e sem brilho. No entanto, desde seu contexto rítmico-melódico que une culturas, ao seu lirismo, ela mostra ser uma obra diferenciada.


Afinal, nela Catha se usa do multiculturalismo para disseminar a mensagem do amor-próprio, da autovalorização e do ensinamento de relevar o julgamento alheio a respeito das aparências que fogem da agenda midiática. Assumir seu corpo e sua identidade é apenas o primeiro, mas importante, passo no caminho do empoderamento e, consequentemente, da confiança.

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Sobre o crítico musical

Diego Pinheiro

Quase que despretensiosamente, começou a escrever críticas sobre músicas. 


Apaixonado e estudioso do Rock, transita pelos diversos gêneros musicais com muita versatilidade.


Requisitado por grandes gravadoras como Warner Music, Som Livre e Sony Music, Diego Pinheiro também iniciou carreira internacional escrevendo sobre bandas estrangeiras.