Seu início já vem recheado de crueza e aspereza por meio de uma guitarra possuída em seu riff sujo curiosamente melódico. Conforme a bateria vai surgindo por entre golpes de consistência crescente nos tons, a canção vai assumindo uma imponência capaz proporcionar bom grau de pressão à estrutura rítmico melódica em formação.
Quando atinge seu ápice, a bateria se torna a responsável por proporcionar um primeiro turning point melódico-narrativo por liberar a entrada do baixo. Nesse instante, o novo elemento preenche a base melódica com seu riff estridente e de sabor densamente ácido. Assim que o vocalista entra em cena, toda a conjuntura rítmico-melódica se fecha e escancara certas informações já obtidas desde o início, mas que ansiavam uma confirmação.
Sob seu vocal agudo e de pronúncia igualmente ácida, o cantor consegue fixar a influência do Black Sabbath no estilo de som criado pelo Wizurd Island. Afinal, em The Ritual existe uma interessante ambiência sombria muito característica do doom metal ao estilo da banda inglesa, o qual é fundido de igual maneira ao lo-fi em virtude da crueza com que seu som é construído. Ainda assim, a presente canção apresenta originalidade, o que a torna, de fato, um produto promissor.
