Seu início já é executado com uma melodia completa, madura, consistente. Com nítidos toques de um rock progressivo ao estilo daquele desenhado pelo Palace Of The King em seu respectivo single White Bird (Burn The Sky), a introdução traz uma sincronia harmônica precisa entre bateria, guitarra, baixo e teclado.
Evoluindo para um primeiro verso em que o protagonista sonoro é, inevitável e inquestionavelmente, o baixo com seu groove saltante, saliente e estridente, a canção já apresenta o preenchimento da camada lírica por meio de um timbre afinado em seu tom levemente agudo. Ainda que macia, estruturalmente contagiante e aromática, a canção traz um enredo lírico dramático.
Apresentando um indivíduo desmotivado, desesperançoso e sem propósito, Sempre Mais acaba tangenciando um subtema que consiste na ganância. Uma ganância alimentada por um falso amor que lhe consumiu, até mesmo, seu amor-próprio e sua autovalorização. É por isso que a canção chama a atenção, pela sua complexidade dialética.