Azato - Bridges Not Walls

Nota do Público 3 (2 Votos)

A introdução é puxada por uma bateria precisa em meio aos seus golpes na caixa que dão passagem para um despertar melódico que já soa maduro através de sua fusão de texturas propiciada pelo time de metais. Rapidamente, porém, o ouvinte é levado para um ambiente macio e repleto de swing que evidencia, de maneira concisa e inquestionável, o mergulho da canção no campo do reggae.


Agraciada por um baixo denotativamente encorpado em meio ao seu groove de postura saliente, a canção é embebida nos toques padrões do teclado como um artifício de enaltecer não apenas o critério harmônico-melódico, mas também o aspecto reggae. Charmosa e delicada através de sua estrutura macia e fresca, a canção tem, no saxofone, o instrumento que insere vivacidade e um caráter de veludo extasiante para um enredo lírico reflexivo.


Afinal, em Bridges Not Walls o Azato, com sua forma particular de canto, junto ao seu time proeminente de músicos, traz para o ouvinte a verdadeira antítese do amor. Enquanto muitos ouvintes podem pensar em se tratar do ódio e da repulsa, a canção comunica que ela consiste no medo. Afinal, quanto mais se desenvolve, a canção mostra como esse sentimento é responsável por afastar as pessoas umas das outras ao mesmo tempo em que mostra a necessidade da superação dessa emoção para construir pontes e não muros, simbolizando, assim, a união ante o distanciamento.

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Sobre o crítico musical

Diego Pinheiro

Quase que despretensiosamente, começou a escrever críticas sobre músicas. 


Apaixonado e estudioso do Rock, transita pelos diversos gêneros musicais com muita versatilidade.


Requisitado por grandes gravadoras como Warner Music, Som Livre e Sony Music, Diego Pinheiro também iniciou carreira internacional escrevendo sobre bandas estrangeiras.