Alyssa Messina - Stone Cold Killer

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A forma como a guitarra se apresenta é como sentir o frescor de uma tarde de verão acariciando o seio da face, enquanto os olhos admiram o pôr do Sol no além-mar. Macia e gentilmente swingada, a melodia introdutória é calcada em uma estética minimalista que confere à ambiência melódica um caráter agradavelmente suave. 


Assim que o baixo é ouvido em seu groove encorpado, mas de essência levemente seca, a bateria entra completando a base rítmica, fazendo com que a canção fique com todo o seu escopo rítmico-melódico completo. Ganhando consistência e uma sensualidade ainda mais cativante, a canção, enfim, recebe o elemento final, a voz que passa a reger toda a camada lírica.


Fresca e suave, mas simultaneamente grave e forte, o timbre de Alyssa Messina faz com que o ouvinte rapidamente rememore a emblemática voz de Florence Welch e o aveludado tom de KT Tunstall. Fazendo com que a canção mergulhe, de forma mais clara, em uma fusão de pop e soft rock, Alyssa transforma Stone Cold Killer, por entre suas interpretações líricas que beiram um sutil deboche propositado, em uma canção em que a personagem lírica se revela contra aquele que feriu seu coração. 


Nesse momento, é possível que o ouvinte sinta requintes de raiva e ódio por meio das palavras ditas por Alyssa, uma vez que elas exortam o descontentamento frente às atitudes tomadas por aquele que, um dia, foi motivo de amor, desejo e sonhos. Assim, Stone Cold Killer é uma canção de rebeldia, de exortação de todas as emoções e palavras há muito represadas. De certa forma, ela é uma canção de empoderamento travestida em superação.

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Sobre o crítico musical

Diego Pinheiro

Quase que despretensiosamente, começou a escrever críticas sobre músicas. 


Apaixonado e estudioso do Rock, transita pelos diversos gêneros musicais com muita versatilidade.


Requisitado por grandes gravadoras como Warner Music, Som Livre e Sony Music, Diego Pinheiro também iniciou carreira internacional escrevendo sobre bandas estrangeiras.