A canção começa com agradáveis brisas frescas que, juntas, trazem consigo uma sensação de conforto curiosamente aveludado e sensual. Sensações proporcionadas pelo sopro agudo-estridente do saxofone, elas seguem como uma espécie de diretriz sensorial da canção. Ao mesmo tempo, porém, a melodia introdutória fornece outras texturas, mais doces, mais clássicas.
Assim que o violino surge em um súbito valsante, a canção recebe um ímpeto de fragilidade escultural. Porém, tal delicadeza cristalina se esvai como uma brisa conforme o beat vai tomando corpo e deixando a canção em um clima de verão atraente. Sob o protagonismo absoluto do afrobeat, a canção destaca, agora de forma inquestionável, a sua silhueta sensual.
Sob a voz agridoce de 1da Banton desenhando as linhas líricas, Digest acaba destacando um enredo lírico que escancara o romantismo do cantor ao mesmo tempo em que traz a atração e o desejo como temas centrais de sua composição verbal. Difícil é, para o ouvinte, ficar com o corpo parado enquanto ouve tal canção.