Slash - Orgy Of The Damned

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Levou pouco menos de 14 anos para que ele saísse do papel, mas isso não quer dizer que seu idealizador não tenha expressado desejos de anunciar um sucessor de seu álbum solo de estreia. Ventilada nos últimos meses, tal vontade se tornou oficial e real. Intitulado Orgy Of The Damned, o sucessor de Slash REFN’R, é um material de Slash focado exclusivamente no blues.


A guitarra elétrica espreguiça e faz estremecer o silêncio até então avassalador. Pelas mãos de Slash, ela ressoa como uma sirene agonizando em seu rebolar desajeitado e alucinante. De dose curiosamente amaciada no seu limite de estridência, ela é o elemento que dá a deixa para que a bateria de Michael Jerome entre contribuindo com o contexto amaciado a partir do desenho de uma levada folgada. Ao mesmo tempo, o wurlitzer de Teddy Andreadis assume a função de introduzir uma cama adocicadamente ácida na base melódica, ampliando, assim, as noções de swing já ofertadas inicialmente pela guitarra elétrica. O interessante nisso é perceber como a guitarra base de Tash Neal, em meio aos seus riffs suspirantes, coopera para esse extasiante cenário almofadado que, no fim da introdução, recebe o ingrediente restante. Por entre técnicas vocais que sugerem uma intersecção nos universos do soul e do R&B, Chris Robinson oferece seu timbre sereno, mas capaz de transpirar esquinas rasgadas, deixando a canção ainda mais provocante. Com direito a um solo sensual, folkeado, bucólico e até mesmo melismático da gaita, a nova roupagem de The Pusher, faixa creditada a Steppenwolf, ganha uma ousada e bem-vinda elevação harmônica que a faz crescer todo o contexto melódico. No contexto lírico, essa sonoridade dá mais vida e até mesmo mais humor para a história de um homem que ironiza alguns preceitos da igreja com relação ao uso da maconha.


Ela já nasce excitante e enérgica. É como se o Sol se pondo no horizonte, com a estrada livre cortando o deserto, despertasse um ímpeto de liberdade e independência incontrolável. Desenhado, inicialmente, pela guitarra base, esse cenário vai ganhando rajadas de corpo pelas rápidas aparições do baixo de Johnny Griparic, que deixa a guitarra solo entrar e levar a canção para um outro ambiente. Um ambiente mais swingado e calcado na estética blues rock. Daí em diante, a música recebe uma voz de timbre agudo, mas com boas capacidades de atingir tons graves e ampliar sua extensão. Eis Gary Clark Jr. inserindo, na receita melódica da nova roupagem de Crossroads, faixa endereçada a Robert Johnson, tal como fez Robinson na canção anterior, felizes doses de soul. De base amaciadamente rebolante, a canção ainda é agraciada por um solo de guitarra devidamente sensualizado na temática blues, mas dando, também, a oportunidade de o ouvinte degustar a contribuição entorpecentemente alucinógena do teclado na base sonora. É dessa forma que ganha vida o enredo de um homem desesperado pelas dores do coração, que pede auxílio, na encruzilhada, para fugir desse sofrimento.


A guitarra está presente com sua acidez distorcida. Porém, o que salta aos ouvidos é aquela acidez adocicada proveniente da gaita oferecida por Les Stroud. É ela quem dá, com sua linearidade amaciada e rebolante, o charme da introdução. Amadurecendo cada vez mais na forma de uma estrutura rítmico-melódica clássica do blues, com sua cadência em 4x4, a canção é preenchida por uma voz de timbre rouco e densamente rasgado. É Billy Gibbons dando vida a Hoochie Coochie Man, faixa de autoria de Willie Dixon que, claramente, teve emprestada a sua base melódica para a criação daquela de Bad To The Bone, single de George Thorogood. Capaz de recriar com precisão a ambiência de uma Nova Orleans da década de 50, Hoochie Coochie Man, apesar de sua extensa linearidade, contagia o ouvinte e dá embasamento para que o lirismo ganhe ainda mais vivacidade. Isso auxilia o ouvinte a entrar na história de Dixon de um homem que, desde que nasceu, já era tido como o garanhão, o sedutor. O galanteador sínico que fará com que todas as mulheres percam o chão.


Mesmo ainda no crepúsculo da manhã, a luz do Sol já oferece um calor suficiente para fazer a testa transpirar, fazendo com que gotículas de suor escorram pelo seio da face enquanto refletem a paisagem árida e de caráter bucólico. Fornecida através de uma guitarra acústica swingada, esse ambiente já nasce com um compasso rítmico bem definido e provocante em virtude da união desse sonar sensual com os golpes mudos, secos e precisos do bumbo da bateria. Conforme o chimbal vai se fazendo presente com seu sonar macio, fluido e levemente sujo, a guitarra elétrica entra acompanhando essa sensualidade com seu riff ligeiramente mais solar. Antes mesmo que a canção alcance seu primeiro verso, ela cresce em harmonia quando o baixo entra em cena dando um corpo bojudo, preciso e linear na base melódica. Mantendo fielmente a estrutura rítmico-melódica da versão original de Oh Well, a nova versão fornecida por Slash traz, como elemento narrativo, um timbre rouco, rasgado e levemente gordo e nasal. É Chris Stapleton entregando à faixa uma dose extra de bucolismo a deixando com um sabor folk bastante acentuado. Com direito a um relâmpago de doçura ácida do hammond inserida através do teclado, Oh Well, na versão de Slash e companhia, surge mais condensada, viva e forte. O interessante de o guitarrista ter escolhido essa faixa para fazer uma releitura é que ela possui subdivisões bem definidas que abrigam tanto o folk tradicional quando um hard rock elétrico, mas ainda assim, mais cru que, por vezes, chega a tangenciar com a estética do southern rock. Tudo em torno do que parece ser a relação do personagem lírico para com o álcool e as reações que dele desencadeiam.


A sensualidade áspera, concisa e consistente que o punch rítmico-melódico oferece logo nos primeiros instantes da canção é capaz de fazer o ouvinte rememorar a estrutura sonora desenhada por Joe Cocker para a nova roupagem de With A Little Help From My Friends, single do The Beatles. Passada essa ligeira semelhança, a canção já é recebida por uma voz feminina de timbre agudo-aveludado que, com um grito suave e tremulante vindo de Dorothy, dá passagem para que a bateria insira, com seu chimbal aberto, pitadas de sujeira ao ambiente. O curioso é que a música não se torna explosiva ou intensa. Ela apenas ganha mais consistência para conseguir salientar sua sensualidade aromaticamente blues. Entre drives e amplas extensões vocais, a cantora incute mais vivacidade a Key To The Highway, single assinado por Charlie Segar, e que recebe, ainda, um solo aveludadamente swingado pelas mãos de Slash. É dessa forma que a canção, com seu lirismo que soa como uma ode à liberdade, tal como aconteceu em Crossroads, transcende os limites verbais e passa a transmitir ao ouvinte esse desejo insaciável de independência e de desejo pela alforria do lar e da vida doméstica.


Seu despertar surpreende por ser puxado por uma guitarra acústica em sua verve sensualmente folk. Acompanhado por uma bateria de levada igualmente macia, o instrumento já é capaz de comunicar ao ouvinte que a composição propõe um novo mergulho sobre o terreno estético do blues. No entanto, quando se pensava já ter degustado todos os sabores introdutórios, uma voz grave e encorpada entra em cena. Eis Iggy Pop emprestando, em mais uma parceria com o guitarrista, sucedendo o featuring We’re All Gonna Die, seus toques nasais para dar vida ao enredo da readaptação de Awful Dream, single creditado a Lightnin’ Hopkins. O interessante no convite para que Pop descrevesse tal enredo é que sua veia tonal cabe perfeitamente para o ambiente melódico bucólico do folk, proporcionando a ele uma harmonia interessante por entre suas tremulações fanhosas. É assim que Awful Dream destaca a história de um homem solitário, com o peso da culpa nas costas e temeroso por não saber qual o caminho que irá seguir no pós-morte.


É sem precedentes. E não há comparações cabíveis. O que foi feito, desde o início, se configura em um produto completamente diferente, autêntico. Original. Principalmente no que tange o escopo melódico, a nova versão de Born Under A Bad Sign, faixa creditada a William Bell, nasce, no lugar de um afofar folkeado, com um swing irresistível e maduro em sua estrutura blues. Macia e aveludada em seus rebolares sonoros construídos pela sincronia entre guitarras, baixo e teclado sob o sonar do hammond, a canção é regida, lírica e verbalmente, por uma voz afinada em seu tom agudo. Eis Paul Rodgers entregando toques de deboche e um cinismo saliente em meio a uma narrativa sobre um homem azarado no sentido mais puro da palavra. Sonoramente, ainda, a nova roupagem desfila um baixo de linhas estridentemente marcantes e precisas em meio à base melódica, o que confere à canção um corpo rítmico consistente.


Ela nasce com um rugido encorpado do baixo, instrumento que assume protagonismo inquestionável na introdução, ainda que acompanhado de uma bateria que delimita um compasso rítmico swingado através do movimento macio do chimbal. Enquanto isso, teclado e guitarra se combinam na criação de uma atmosfera entorpecente e alucinógena a partir de seu veludo hipnótico. Crescendo em harmonia de forma linear, mas também na sensualidade, a canção recebe, ainda na introdução, trecho muito bem representado na nova roupagem, a presença do talk box, elemento que dá uma textura sintética em meio à morfina melódica. É então que uma voz encorpada em sua agudez entra em cena ampliando a sensualidade rítmico-melódica. Essa figura é Demi Lovato explorando seu lado R&B na readaptação de Papa Was A Rolling Stone, faixa creditada a Norman Whitfield e Barrett Strong, que também recebeu uma releitura metalizada pelo Ugly Kid Joe. O interessante, aqui, é notar que, até o momento, a presente canção foi a que teve uma adaptação mais fiel à original em relação em todas as releituras apresentadas em Orgy Of The Damned. Ainda assim, a parceria com Demi foi uma boa escolha, pois deu à canção mais sensualidade e permitiu à cantora mostrar mais de sua força, extensão vocal e versatilidade rítmica em uma canção sobre um garoto descobrindo a verdadeira identidade do pai morto e se surpreendendo com a realidade. 


A guitarra já nasce swingada, malandra, solar com sua leve estridência adocicada em rápidos momentos de protagonismo absoluto até ser acompanhada pelo chimbal no compasso rítmico. Ofertando uma melodia trotante, atraente e divertida, a canção passa a ser regida por um vocal grave e de raspas rasgadas que consegue rememorar os áureos tempos do blues. Eis Brian Johnson surgindo entre os suspiros de um teclado cujas notas imitam a acidez do hammond na base melódica. Como um cover de Killing Floor, um single de Howlin’ Wolf, os músicos recrutados por Slash fazem com que tal adaptação se beneficie do desenvolvimento e da atualidade dos recursos de som ao incutirem densidade e pressão na nova roupagem. Sem solo de guitarra, mas surpreendendo por trazer um inédito solo de gaita em que o instrumento grita, entra em êxtase e sensualiza nos comandos de Steven Tyler, o novo corpo de Killing Floor consegue facilmente transportar o ouvinte para uma Nova Orleans da década de 60. Enquanto isso, o lirismo transpira um caráter fanfarrão, libidinoso e despreocupado que, sob a interpretação de Johnson, assumiu contornos ainda mais sarristas.


É verdade que seu início é regido pelo caráter da sensualidade. Porém, também é fato que essa mesma sensualidade traz consigo interessantes aromas melancólicos por meio da melodia. A tornando mais libidinosa, com uma guitarra solo ardente desfilando provocações na introdução, Slash optou para, nela, recrutar alguém com uma voz branda, mas de boas capacidades de reproduzir o drive. Eis então que, em meio ao protagonismo do sonar do wurlitzer nos versos de ar, Neal entra em cena para dar vida ao conteúdo lírico. Explorando o lado R&B da interpretação da letra, Neal se torna um dos responsáveis para que a releitura de Living For The City, música creditada a Steve Wonder, cresça em harmonia ao unir seu timbre e seus melismas com a sincronia das backing vocals Jenna Bell e Jessie Payo. O interessante é perceber como, primeiramente, Wonder tornou forte, sensual e contagiante uma faixa que, acima de tudo, narra a sua realidade em tempos juvenis. O preconceito, a dificuldade em conseguir um trabalho digno, a desvalorização empregatícia e a baixa remuneração salarial apenas evidenciam um período em que as pessoas, simplesmente, viviam apenas com e de forma suficiente em um Mississippi da década de 70.


É quase uma jam session de apenas um instrumento. A guitarra solo entra por meio de dedilhares aveludados e swingados, dominando o ambiente até então inóspito. Porém, após um longo suspiro, o instrumento dá passagem para que o instrumental entre com uma formação blues já madura. Densamente macia e contagiante, a canção recebe uma voz aguda, forte, consistente e de raspas graves para dar vida ao enredo lírico. É Beth Hart dando, com suas interpretações tremulantes e suspirantemente sensuais, toques embriagantemente R&Bs com mesclas de soul a Stormy Monday, single assinado por Aaron Walker. Em clima de improviso e amadurecendo aquela ideia inicial de jam session, a nova roupagem prolongou a versão original em cinco minutos com doses extras de blues, de solos e torpores inquietantes com adoráveis doses adocicadamente ácidas do hammond na base melódica enquanto a guitarra solo grita e sensualiza em sintonia com a entrega cada vez mais visceral de Beth ao dar vida a um enredo que conta a história de uma mulher desiludida e acometida pela depressão em virtude da ausência da companhia de seu filho. É assim que a protagonista acaba vendo a tonalidade cinza nos céus de cada dia e pedindo pela volta de sua criança, aqui podendo também caber a saudade de um amor agora inexistente.


Sua beleza é serena e graciosa. Soando como o Sol nascendo além das colinas, fazendo com que a brisa da manhã distribua pelo ambiente o aroma das flores espalhadas pelo gramado ainda úmido do sereno, a guitarra surge. Tal como um cafuné materno como despertador matinal de uma criança em um dia de aula, o instrumento desfila uma sonoridade aconchegante, reconfortante e macia em sua máxima sutileza. Ganhando força e embasamento, a canção decola quando a bateria de Matt Chamberlain entra em cena desenhando o contexto rítmico com precisão e cadência, mas sem fugir da delicadeza estonteante imposta pelo instrumento de cordas. Mantendo essa sintonia, o teclado, em seu sonar tal como o hammond, imputa um dulçor ligeiramente ácido à base melódica, enquanto a guitarra base se movimenta de maneira aveludadamente macia e fresca. Permitindo, assim, que a guitarra solo possa explorar seus virtuosismos por meio de solos grandiosos, almofadados e com a presença de ligeiros wah-wahs, o corpo rítmico-melódico vai sendo construído de forma a dar consistência à Metal Chestnut. Deliciosamente harmônica, mesmo quando a guitarra solo grita em tom de uma alegria gratificante, a canção chega a tocar o ouvinte e a promover arrepios incontroláveis em virtude de sua grandeza melódico-harmônica. E é assim, com um cristalino e melódico instrumental, que Orgy Of The Damned chega ao fim.


Acima de tudo, Orgy Of The Damned é onde Slash se permite não apenas revisitar, mas também fazer parte de sua própria escola-base de guitarra ao promover uma série de releituras de icônicas canções que moldaram não apenas o folk, mas também o blues em sua totalidade. Entre cada escolha de adaptação, o guitarrista surpreende pela sua capacidade de transformar cenários por vezes minimalistas em outros grandiosos e com notável pressão.


Sempre promovendo construções rítmico-melódicas a ponto de surtirem em resultados que façam parecer que cada música é de sua própria autoria e não de uma adaptação, Slash trouxe, ainda, um time de cantores que engrandeceu cada uma das canções escolhidas para receberem novos arranjos. E foi assim que as músicas ganharam mais vivacidade e almas mais jovens.


É interessante perceber, nesse contexto, como a sensualidade passa a ser um ingrediente quase que incontestável. É fato que o blues e o folk são a base, mas Orgy Of The Damned traz figuras do mundo da música que inserem com seus estilos de canto outros ritmos que moldaram o rock, tais como o soul e o R&B.


Consequentemente, não é difícil que o ouvinte se depare com frases harmônicas grandiosas ou mesmo em melodias consistentes e precisas. Porém, não é apenas o time de cantores que possui mérito nesse quesito. O corpo instrumental é peça-chave para que cada uma das 11 músicas versadas tenha uma melodia madura, vívida e elétrica, de maneira a não apenas reciclar, mas proporcionar mais jovialidade a essas músicas que transitam entre as décadas de 30 a 70. 


Contudo, além dos músicos e cantores, o corpo técnico também tem sua parcela - e grande - de contribuição para que a sonoridade do álbum seja grandiosa e salte aos ouvidos do espectador. Por isso, John Spiker, por meio de seu trabalho na mixagem, fez com que Orgy Of The Damned possuísse um produto sonoro final marcante, a ponto de fazer cada instrumento ser degustado tanto em conjunto quanto em suas respectivas individualidades, ressaltando, assim, a transição melódica entre o blues, o folk, o soul e o R&B.


Na produção, Mike Clink fez com que o álbum seguisse uma linha editorial consistente e linear, defendendo e enaltecendo apenas os gêneros musicais citados. Assim, toda a base da escola musical do guitarrista pôde, até mesmo de maneira cronológica, ser abordada e explorada.


Fechando o escopo técnico, vem a arte de capa. Assinada por Toni Greis, ela consiste em um ambiente interno cheio de pessoas em clima de festa. Conseguindo recriar a ambiência de uma casa de blues de uma Nova Orleans sessentista, o artista conseguiu capturar a sensualidade e a mistura racial em um contexto de pura curtição. E o mais interessante é que uma das mulheres representadas na plateia está, inclusive, usando uma camiseta cuja estampa é a capa de Slash REFN’R assinada por Ron English em uma perfeita menção ao primeiro álbum solo de Slash.


Lançado em 17 de maio de 2024 via Gibson Records, Orgy Of The Damned é um álbum em que o blues, o R&B e a soul music recobram seus holofotes através de uma sequência selecionada de adaptações. Composto por canções que vão dos anos 30 aos 70, o disco reascende as origens do rock com melodias encorpadas, marcantes, consistentes e maduras. E nesse processo, um total de 11 cantores dá a voz para esse renascimento.

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Sobre o crítico musical

Diego Pinheiro

Quase que despretensiosamente, começou a escrever críticas sobre músicas. 


Apaixonado e estudioso do Rock, transita pelos diversos gêneros musicais com muita versatilidade.


Requisitado por grandes gravadoras como Warner Music, Som Livre e Sony Music, Diego Pinheiro também iniciou carreira internacional escrevendo sobre bandas estrangeiras.